Como é feito o cálculo da rentabilidade da minha carteira?

Todos os investidores procuram uma maneira confiável de acompanhar o rendimento do seu patrimônio. Em algum determinado momento de sua vida financeira você pode se deparar com um cenário de rendimentos positivos com rentabilidade negativa (ou vice-versa). Isso é mais comum do que você imagina e envolve uma explicação simples.

O principal fator influenciador para que esse cenário ocorra é simples: o comportamento do investidor.

Para remover esse aspecto do cálculo de rentabilidade da carteira é utilizado o cálculo Time-Weighted Return (TWR). Padrão do mercado financeiro para o cálculo de rentabilidades, essa metodologia permite a possibilidade de comparar retorno (em %) acumulado entre carteiras diferentes.

Essa metodologia remove as movimentações financeiras realizadas pelo investidor, permitindo que os números absolutos reflitam o retorno (em %) independentemente da quantia aplicada ou resgatada, auxiliando a avaliação do serviço de gestão do patrimônio.

Um exemplo para ilustrar a situação:

• Sigo a carteira A e faço um aporte no valor de R$50.000. Ao final do mês, a carteira A teve rentabilidade de 7%. Isso me proporcionou um rendimento de R$3.500 e fiquei no total absoluto com R$53.500.

• Satisfeito com a performance da carteira A, faço um novo aporte no valor de R$100.000, subindo meu valor absoluto para R$153.500. Ao final do mês de fevereiro o carteira A teve rentabilidade de -5%. Isso me proporcionou um rendimento de -R$7.675 e fiquei no total absoluto com R$145.825

• Somando os aportes, tem-se R$150.000
• Após os dois meses o total absoluto é R$145.825
• Rendimento total: -R$4.175

Porém utilizando o cálculo TWR para análise da rentabilidade obtém-se:

(1+7%)*(1-5%) = 1.0165 ou +1,65%

Portanto apesar do rendimento ser negativo no período observado, a rentabilidade foi positiva em 1,65%.

Por isso, apesar de sempre preferimos olhar para quanto dinheiro está rendendo, para avaliar a qualidade de um investimento é necessário analisar sua rentabilidade em períodos que independem das movimentações feitas pelo investidor.